Mulher só; ponte; abrigo
magma efervescente em pontadas:
loucura.
Não me retraio
de sentir
ausência
que teimo em veicular
para os olhos
da indolência.
No segredo, teimosias:
bebo do teu
sangue sagrado
na marcha exicial dos dias
que são nossos
os dias.
Os dias.
Renasço,
sopro-
-te em suave pecado.
Vives aqui - meu
lado a lado
jornada de fiascos
música que é fado
fado que é destino
blasfemo, postigo.
Homem só; rio; baixo
prazer da púbis que
herdei
com que fiquei
quando me ofereceste
a língua
quando morreste nos
braços
e abraços e beijos e amor
Ai amor
Ai o amor
o nosso amor.
Um dia voarei
soterrado
rastejando nos lençóis
dos nossos toques imunes
à morte dos suspiros;
vontades
na corrente que levou
sempre
para a margem do que
ainda
somos na sombra da ponte:
abrigo.
Agora
só o castigo.
a quem quis pisar os crisântemos
ali
desfalecidos em sorrisos
Um só: sentido.
Canto
o teu peito
no encosto do meu
colagem e complemento;
mesmo mórbida
já sem a cor dos afagos
vou ao rio
mergulho em tragos:
afogamento precoce.
Mulher só.
Homem só.
Rio que corre
Debaixo da ponte
no surripiar em destino:
negação em solidão
carinho por bramido.
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